Água Boa participa de Inquérito Nacional de Hanseníase

Objetivo é obter dados para elaboração de políticas públicas nacionais de combate à doença

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O Ministério da Saúde está elaborando o primeiro Inquérito Nacional de Incapacidade Física em Hanseníase e pacientes de Água Boa foram selecionados para participar. Os voluntários, já curados da doença, foram avaliados por duas profissionais da Saúde que fazem parte da equipe responsável pelo inquérito.

 As profissionais enviadas pelo Ministério da Saúde, Jurema Guerrieri Brandão e Maria José, ficaram três dias em Água Boa e explicaram que o inquérito está sendo desenvolvido em todo o território nacional, em municípios pré-selecionados para representar os estados.

“O propósito é verificar qual a situação atual dos pacientes que tiveram o diagnóstico de Hanseníase entre 2015 e 2019 e trataram a doença. Isso porque a Hanseníase é uma doença infectocontagiosa que acomete pele e nervos, e a incapacidade física é uma situação presente na Hanseníase que pode acontecer durante o tratamento, após a alta ou antes do paciente ser diagnosticado”, explicou Jurema Guerrieri Brandão.

Sendo assim, o objetivo deste inquérito é saber qual o retrato dos pacientes curados no Brasil, criar um banco de dados sobre as incapacidades físicas pós-cura da hanseníase e com isso, elaborar políticas públicas de cuidados voltados para prevenção, reabilitação e cirurgias, evitando piora e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Veja a seguir algumas informações do Ministério da Saúde, sobre a doença:

O que é?
Também conhecida como lepra ou mal de Lázaro, a hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae.

Sinais e sintomas:
– sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades;
– manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato;
– áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor;
– caroços e placas em qualquer local do corpo;
– diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).

Como se transmite?
Os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro). O paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite. A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolve a doença. Somente um pequeno percentual, em torno de 5% de pessoas, adoecem. Fatores ligados à genética humana são responsáveis pela resistência (não adoecem) ou suscetibilidade (adoecem). O período de incubação da doença é bastante longo, variando de três a cinco anos.
Como tratar?
A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.

Como prevenir?
A prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.

IMPORTANTE: Somente médicos, cirurgiões-dentistas e profissionais devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. Procure a unidade de Saúde de sua referência e realize o teste.

Por Assessoria de Comunicação Prefeitura com Ministério da Saúde